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Quarta-feira, 11 de maio de 2005 17h03
Entidades judaicas divulgam manifesto sobre Cúpula em Brasília
da Folha Online

Entidades judaicas divulgaram nesta quarta-feira um manifesto sobre a Cúpula América do Sul-Países Árabes, em Brasília.

Leia a íntegra do manifesto:

"Terror, não

O chanceler Celso Amorim recomenda que 'cada um interprete como quiser' a agressiva declaração conjunta da Cúpula Árabe-Sul Americana. A Confederação Israelita do Brasil e suas filiadas de todos os Estados, representando a comunidade judaica brasileira, interpretam-na como mais uma tentativa de atribuir a um só país e a um só povo a responsabilidade por uma situação de conflito que se arrasta há séculos. Interpretam também que, ao assinar a declaração conjunta,

1 - Importaram para nosso país uma guerra que não é nossa, uma guerra que, em seu campo próprio, já é objeto de negociações e tende a se extinguir;

2 - Aprovando o item 2.16, endossaram o terrorismo, ao aceitar a suposta diferença entre o 'terrorismo bom', aceitável, e o 'terrorismo ruim', que deveria ser condenado. Na prática, 'terrorismo bom' é aquele que alguns signatários da declaração conjunta praticam ou apóiam; 'terrorismo mau' é aquele praticado contra esses países ou seus aliados. Pura balela: terrorismo é terrorismo, é crime contra a humanidade. Este crime não deixa de existir quando tentam adjetivar seu nome;

3 - Aprovando o item 2.17, endossaram a ação de movimentos armados que buscam atingir civis, como aquele que mantém entre suas vítimas, há 110 dias, um nosso compatriota, o engenheiro João José de Vasconcellos Júnior, sem que sua família e nosso país recebam qualquer notícia sobre seu destino;

4 - Não faz qualquer menção à democracia, nem aos direitos humanos, nem aos direitos das mulheres, sistematicamente desrespeitados por muitas nações que participaram da Cúpula;

5 - É curioso verificar que países militarmente ocupados e cujo governo só pôde ser escolhido graças à ocupação, como o Iraque; países que estiveram militarmente ocupados até o início deste mês e cujo governo era favorável à continuidade da ocupação, como o Líbano; e países que ocuparam militarmente seus vizinhos até menos de duas semanas atrás, como a Síria, cujas tropas mantiveram o controle armado do Líbano por 30 anos, assinam documento que condena a ocupação militar de territórios estrangeiros;

6 - O Brasil foi desrespeitado, já que, segundo o chanceler Celso Amorim, a conferência de Cúpula Árabe-Sul Americana teria caráter econômico e cultural e não se voltaria a ataques a aliados históricos do Brasil.

Em resumo, realizou-se um grande esforço de propaganda em favor de causas alheias ao interesse do Brasil. E se tornou óbvio que o objetivo árabe nesta conferência de Cúpula era condenar metade da guerra, em vez de aproveitar a oportunidade e condenar a guerra inteira."

Conib (Confederação Israelita do Brasil)
Acib (Associação Cultural Israelita de Brasília)
AIC (Associação Israelita Catarinense)
CIP (Centro Israelita do Pará)
Cirn (Centro Israelita do Rio Grande do Norte)
Ciam (Comitê Israelita do Amazonas)
Fisemg (Federação Israelita do Estado de Minas Gerais)
Fierj (Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro)
Fisesp (Federação Israelita do Estado de São Paulo)
FIP (Federação Israelita do Paraná)
Fipe (Federação Israelita de Pernambuco)
Firgs (Federação Israelita do Rio Grande do Sul)
SIB (Sociedade Israelita da Bahia)
SIC (Sociedade Israelita do Ceará)

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