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Terça-feira, 01 de fevereiro de 2005 21h27
Laudo aponta presença de metais pesados na urina de irmãs intoxicadas
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas

Um laudo da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) apontou nesta terça-feira a presença de metais pesados na urina das duas filhas do casal morto no domingo com suspeita de intoxicação em Campinas (95 km de São Paulo). Uma delas, de 17 anos, morreu.

A segunda garota, de 15 anos, teve alta nesta terça-feira da UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas continua internada. Apesar disso, ela deve prestar depoimento à polícia na quarta-feira.

A presença dos metais pode reforçar a tese de os três terem sido envenenados --intencionalmente ou acidentalmente. A Polícia Civil não descarta a hipótese de envenenamento, mas prefere agir com cautela e aguardar o exames detalhados do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.

As autoridades investigam a possibilidade de a contaminação ter ocorrido por causa de um bolo de chocolate, feito pela jovem de 15 anos, ingerido pela família no sábado.

De acordo com a Secretaria da Saúde de Campinas, o laudo indica que o metal pesado pode ser arsênico, bismuto ou antimônio. "As substâncias são consideradas de alta toxicidade dependendo da quantidade presente no organismo", disse o médico sanitarista Vicente Pisani Neto, da Secretaria da Saúde de Campinas.

Depoimento

Nesta terça-feira, o médico que atendeu a família e parentes do casal prestou depoimento e, segundo o delegado Cláudio Alvarenga, confirmou que a adolescente que sobreviveu apresentou quadro clínico diferenciado dos demais, ao chegar ao hospital.

Os pais e irmã dela apresentavam sintomas de vômito e diarréia, enquanto a filha mais nova apresentava somente vômitos. Ela também não apresentava sangramento nos olhos e nas fezes, ao contrário dos pais e da irmã.

A probalidade deles terem sofrido intoxicação alimentar em um restaurante da cidade foi praticamente descartada, pois não houve registro de nenhum caso semelhante na cidade.

Fuga

O pai, o homeopata Hudson da Silva Carvalho, 46, era proprietário de uma farmácia e laboratório de manipulação homeopática Raízes da Terra, no bairro Guanabara, e da clínica homeopática Homeo Naturalis, ao lado de sua casa, no Parque das Universidades --ambas áreas nobres de Campinas.

Em outubro, ele registrou um boletim de ocorrência onde comunica à polícia o sumiço da filha mais nova. No documento, o médico informa que a filha teria fugido de casa depois de descobrir que ele pretendia interná-la para tratá-la de bulimia --um distúrbio alimentar.

De acordo com as investigações, a menina teria passado três dias fora e viajado para o Rio de Janeiro. A polícia apura ainda informações de familiares do casal de que a filha mais nova tinha um relacionamento com um rapaz que não era aprovado pelo médico.

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