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Segunda-feira, 07 de abril de 2003 20h21
EUA isolam Bagdá, invadem palácios e matam civis iraquianos
da Folha Online
da Reuters
da France Presse

Mais civis iraquianos foram mortos hoje em Bagdá, durante bombardeios dos Estados Unidos à capital iraquiana. Ao menos 14 pessoas morreram,segundo testemunhas, na explosão de uma bomba lançada sobre o bairro residencial Al Mansur, no centro de Bagdá.

O número de civis mortos por bombardeios das tropas anglo-americanas em todo o país pode passar de mil. O número oficial de civis mortos deixou de ser divulgado, segundo fontes iraquianas, porque a situação nos hospitais é calamitosa _no que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha concorda (leia mais abaixo).

Os EUA anunciaram que Bagdá está isolada, e que têm controle sobre as principais vias de acesso à cidade, que segue sob bombardeio. Tropas e tanques dos EUA já estão no "coração" da capital iraquiana, e ocuparam dois palácios do presidente e ditador Saddam Hussein.



Muitas pontes e acessos sobre o rio Tigre têm sido defendidos ferozmente por forças iraquianas estão bloqueando muitas pontes sobre o rio Tigre. Guardas Republicanos também defendem prédios de ministérios com granadas impulsionadas por foguetes.

A entrada das tropas invasoras não teve apoio da população bagdáli. Elas foram recebidas com forte oposição: franco-atiradores e baterias de artilharia iraquianas abriram fogo de praticamente todas as direções contra soldados dos EUA.

Os temor de que iraquianos usassem armas químicas parece ter acabado entre as tropas dos EUA. Fuzileiros navais em Bagdá abandonaram hoje as roupas especiais para proteção contra ataques com esse tipo de arma.

Onde está Saddam?

"Ocupamos o principal palácio presidencial no centro de Bagdá. [...] Há dois palácios ali e estamos em ambos", disse o coronel Peter Bayer, da 2ª Divisão de Infantaria dos EUA, perto do aeroporto.

Reuters - 4.fev.2003
Saddam Hussein, presidente do Iraque
Não há informações sobre o paradeiro de Saddam Hussein, seus filhos e seus ministros (considerados o cerne do regime).

Mortos militares

No fim de semana, o combate provocou a morte de milhares de iraquianos em todo o país, segundo a coalizão anglo-americana. Na capital, os EUA chegaram a anunciar a morte de pelo menos 2.000 militares iraquianos em 48 horas. Seriam todos membros da Guarda Republicana, a força mais fiel ao regime.

Outras centenas de iraquianos também teriam morrido nos enfrentamentos entre britânicos e iraquianos no sul do país, especialmente em Basra. O Reino Unido diz ter controle absoluto sobre a cidade, e que eliminou o principal comandante dessa região, um general fiel a Saddam conhecido como Ali Químico.

Tragédia humanitária

Funcionários do Comitê Internacional da Cruz Vermelha descreveram como "terríveis" as condições no único hospital de Bagdá a que conseguiram ter acesso hoje. Os combates que tomaram conta da capital iraquiana estão impedindo que as equipes de ajuda humanitária cheguem aos hospitais da cidade.

Segundo a Cruz Vermelha, o hospital Kindi, no centro da cidade, estava prestes a enfrentar escassez de anestésicos e outros medicamentos quando um caminhão de suprimentos da organização conseguiu chegar ao local. Médicos do Kindi disseram que o hospital recebeu quatro mortos e 176 feridos nas últimas 24 horas.

"Os médicos têm trabalhado sem parar nos últimos dois dias e a maioria deles está exausta", disse Roland Huguenin-Benjamin, um porta-voz da Cruz Vermelha que esteve no local.

Existe um risco de epidemia de cólera e de enfermidades respiratórias no Iraque, onde os hospitais estão "totalmente lotados", afirmou hoje a porta-voz da OMS (Organização Mundial Saúde), Mélanie Zipperer.

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