| Terça-feira, 29 de abril de 2003 15h14 Disparos em Falluja foram em defesa própria, diz general dos EUA da France Presse, no Kuait
Os soldados norte-americanos que abriram fogo contra uma multidão de manifestantes ontem em Falluja, 50 km a oeste de Bagdá, afirmaram que fizeram os disparos depois de terem visto armas apontadas contra eles, declarou hoje à imprensa o general de divisão Gene Renuart.
"As informações que recebemos falam de uma pequena quantidade de feridos, menos de dez, e não tenho nenhum dado sobre mortos", declarou Renuart.
Ontem, testemunhas iraquianas afirmaram a um fotógrafo da agência France Presse que soldados americanos mataram 13 iraquianos e feriram outros 45 que se manifestavam em Falluja a favor do ex-presidente Saddam Hussein.
Os soldados, da 82ª Divisão Aerotransportada, estavam em Falluja para garantir a segurança da manifestação, afirmou Renuart.
Alvos
"Num momento se determinou que alguns tiros vinham da multidão", acrescentou. "Ato contínuo, nossos soldados informaram que eram alvos". "Quando um soldado é apontado por uma arma, acredita imediatamente que existe uma intenção hostil. Os soldados, portanto, abriram fogo", disse o general.
Integrante do Comando Central (Centcom) dos Estados Unidos, Renuart acompanha o secretário americano de Defesa, Donald Rumsfeld, em sua viagem pelo golfo Pérsico, iniciada no domingo passado (27).
Contradição
As declarações do general Renuart contradizem em parte as da porta-voz do Centcom no Qatar, Yvonne Lukson, que afirmou que tiros foram disparados contra os soldados americanos e que por esta razão eles abriram fogo.
O batalhão "se chocou com um grupo de iraquianos que efetuou disparos com armas AK-47, e por isso respondeu", afirmou Lukson, sem divulgar número de vítimas.
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