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Quarta-feira, 30 de abril de 2003 10h54
Iraquianos acusam soldados americanos de "assassinos covardes"
da France Presse, em Bagdá

Iraquianos se mostram cada vez mais enfurecidos com soldados americanos, acusando-os de serem "covardes" e "assassinos", depois que tropas dos EUA mataram três pessoas hoje e outras 13 na segunda-feira passada (28) na cidade de Fallujah, a 50 km a oeste de Bagdá.

Após o fim dos combates no Iraque, as novas vítimas civis iraquianas se somam às numerosas registradas durante a ofensiva anglo-americana contra o regime de Saddam Hussein. Até agora, não há nenhum balanço oficial sobre o número de civis mortos.

Em Bagdá, algumas pessoas falam de "crimes praticados pelos soldados americanos contra civis inocentes". "Esses americanos são tão covardes que matam inocentes com suas armas pesadas e seus tanques", afirmou Ghassan Kazem, 40.

Manifestação

Depois dos sangrentos atos em Mossul, em meados de abril, quando norte-americanos mataram 20 pessoas e feriram centenas, segundo os iraquianos, dois novos incidentes desse tipo se registraram em Fallujah.

Na segunda-feira, os norte-americanos mataram 13 iraquianos, durante uma manifestação pacífica de protesto, segundo testemunhas iraquianas.

Os soldados dispararam contra manifestantes que protestavam por sua presença em uma escola, aos quais se juntaram partidários de Saddam Hussein, que festejavam o 66º aniversário de seu antigo líder.

Hoje, foram registrados novos incidentes entre soldados americanos e manifestantes.

Três iraquianos morreram e outros dois foram gravemente feridos por disparos de soldados dos EUA, segundo um médico. Testemunhas afirmaram que os disparos foram feitos de manhã durante uma manifestação de milhares de pessoas, que protestavam pelo incidente da segunda-feira.

Crítica

O grande número de vítimas civis no início das operações militares já havia provocado questionamentos em organizações internacionais independentes sobre o manejo da guerra.

Vários protestos foram realizados pela morte de 50 pessoas, devido a bombas de fragmentação no povoado de Al Hilla, a 100 km ao sul de Bagdá, segundo o balanço de uma ONG (organização não-governamental).

Na capital iraquiana, os numerosos soldados, que patrulham as ruas ou vigiam os edifícios oficiais, enfrentam iraquianos furiosos.

Em um contexto caótico caracterizado pela falta de um governo central e pela ausência de qualquer autoridade após o conflito, a conduta dos soldados americanos só faz piorar as relações com a população iraquiana.

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