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Quinta-feira, 09 de junho de 2005 08h46
Mulheres desafiam Vaticano e se ordenam sacerdotes no Canadá
da France Presse, em Ottawa

Oito canadenses e uma americana se preparam para desafiar o Vaticano quando forem ordenadas sacerdotes e diaconisas, no mês que vem, em águas do rio St. Lawrence no Canadá. Elas serão as primeiras na América do Norte a assumir essa condição.

A cerimônia, não aprovada pelo Vaticano, terá lugar em 25 de julho perto de Gananoque, leste de Canadá, ao final de uma conferência sobre o assunto na Universidade de Carleton em Ottawa.

Os organizadores preferiram realizar a cerimônia num posto do rio St. Lawrence na fronteira entre Estados Unidos e Canadá, onde não há jurisdição de nenhuma diocese, para não haver interferência.

"Acho que é hora de dar esse passo", disse a ex-freira Michele Birch-Conery, 65, ordenada diaconisa no ano passado na Europa.

Recentemente, 14 mulheres foram ordenadas na Europa em cerimônias similares, também celebradas sobre rios, e outras 65 o farão em breve.

O Vaticano rejeitou o sacerdócio feminino e excomungou em 2003 as primeiras sete mulheres sacerdotes, ordenadas sobre o rio Danúbio, entre a Alemanha e a Áustria.

Bispos

Apesar da decisão do Vaticano, duas delas, a austríaca Christine Mayr-Lumetzberger e a alemã Gisela Forster, foram depois secretamente ordenadas bispos, afirmou Birch-Conery.

Essas duas mulheres bispos oficiarão as ordenações no rio St. Lawrence.

"Os ensinamentos da Igreja são claros. Só os homens podem ser ordenados", disse monsenhor Serge Poitras da Nunciatura Apostólica de Ottawa, sublinhando que o papa João Paulo 2º, morto em abril passado, tratou do assunto em 1994.

"As pessoas podem fazer o que quiser. Não temos um Exército. Não iremos atrás. Tudo o que podemos fazer é lamentar tais desafios à doutrina eclesiástica", disse.

Cerca de 220 pessoas assistirão à cerimônia a bordo da embarcação que geralmente transporta turistas pelas pitorescas ilhas do rio St. Lawrence.

Algumas mulheres são divorciadas, outras casadas. Não se leva em conta o celibato ou a orientação sexual, mas sim os anos de estudos de teologia como pré-requisito, disse Birch-Conery.

Depois de ordenadas, não terão uma congregação a seu dispor nem oficiarão liturgias.

Especial
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