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Quarta-feira, 30 de agosto de 2006 12h19
Igreja quer excomungar participantes de aborto na Colômbia
da Ansa, em Bogotá

O cardeal Alfonso López Trujillo, presidente do Conselho para a Família e a Igreja Católica da Colômbia, afirmou nesta quarta-feira que médicos, pacientes e familiares que colaboraram com o primeiro aborto legal realizado no país serão excomungados.

López Trujillo deu as declarações em Roma sobre o aborto realizado na semana passada no hospital Simón Bolívar, em Bogotá, a uma menina de 11 anos que foi estuprada pelo padrasto.

"Essa criança caiu nas redes de mal-feitores que devem sofrer todo o peso da lei", disse López Trujillo. O cardeal disse ainda que o aborto "é uma condenação de morte contra um ser humano que, mesmo sendo embrião ou feto, ainda é uma pessoa digna de toda compaixão e respeito".

Sobre as punições que a igreja prevê para estes casos, o cardeal afirmou que "todo católico que participou do episódio será excomungado", e neste caso se trata dos "protagonistas na conspiração para este crime abominável" --sejam eles médicos, pacientes ou familiares".

Trujillo disse ainda que é preciso revisar se, neste caso, não houve "violência exagerada e manipulação dos sentimentos".

Hospital

O diretor do hospital, Carlos Lemus, disse "respeitar a posição" do cardeal López Trujillo, mas afirmou que "não compartilhar da mesma opinião e assumir a responsabilidade pelo procedimento, como gerente da instituição".

Lemus afirmou ainda que "a posição assumida foi institucional" e atual conforme as regras constitucionais, "ante a solicitação de uma menina que queria voltar ao seu colégio e à sua infância, com o apoio da mãe".

O médico também disse que "em nenhum momento a menina foi forçada a passar por esta situação", e que o hospital está pronto a atender qualquer pedido.

"Do ponto de vista ético é melhor que [o aborto] seja feito aqui, em uma instituição habilitada, e não em um local clandestino", disse Lemus, que se definiu como católico praticante.

Lei

Em 10 de maio, a Justiça colombiana autorizou a realização de aborto em casos de estupro, má formação de fetos e em caso de risco de de vida da gestante.

No entanto, até a semana passada, nenhum aborto legal havia sido realizado no país.

Grupos médicos colombianos pedem uma regulamentação oficial do aborto, enquanto grupos católicos pressionam publicamente para que autoridades proíbam o procedimento.

Especial
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