| | Notícias > | | Quinta-feira, 20 de janeiro de 2005 15h37 Lula vai mediar crise entre Venezuela e Colômbia, diz FT da Folha Online
O jornal britânico "Financial Times" publicou reportagem afirmando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai medidar a crise entre Venezuela e Colômbia. Lula esteve ontem em Letícia, cidade colombiana que faz fronteira com o Brasil, para encontrar-se com o presidente Álvado Uribe.
Na reportagem, o jornal lembrou que a crise entre os dois países foi gerada por causa de um suposto seqüestro de um integrante das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em território venezuelano.
A Colômbia, de acordo com a reportagem, acusa a Venezuela de abrigar terroristas procurados pelas autoridades colombianas, enquanto a Venezuela chamou seu embaixador para Caracas em protesto e suspendeu unilateralmente os laços comerciais.
De acordo com o jornal, como Lula mantém relações relativamente cordiais com os dois países, uma tentativa de resolver o impasse seria considerada pelo presidente venezuelano Hugo Chávez. O jornal revelou ainda que o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Ali Rodriguez, afirmou que o país quer "superar essa situação, para que termine como um incidente do passado".
Impasse
Segundo a reportagem, o governo da Colômbia disse que Rodrigo Granda, o representante da guerrilha, foi capturado por soldados venezuelanos e entregue à Colômbia depois da oferta de uma recompensa. A Venezuela afirma que a Colômbia, ajudada pela CIA americana, subornou guardas nacionais venezuelanos para efetuar um seqüestro "ilegal", que violou sua soberania.
A matéria revela ainda que a Colômbia estaria reunindo informações para sustentar sua alegação de que o governo Chávez apóia as Farc, grupo classificado como terrorista pelos Estados Unidos e pela Europa. A Interpol, ainda segundo o "Financial Times", distribuiu documentação em setembro passado, inclusive para seu representante na Venezuela, detalhando a história de Granda.
Mesmo que um acordo para a disputa diplomática seja obtido pelo presidente brasileiro, permanecerá a questão espinhosa do alegado apoio da Venezuela às Farc.
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