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Terça-feira, 26 de abril de 2005 16h17
Arthur Virgílio pede voto de censura a Lula
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), encaminhou nesta terça-feira, à Mesa da Casa, um voto de censura ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por uso de linguagem chula no uso de suas funções.

Ontem, durante solenidade de sanção da Lei que cria o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado, Lula criticou o comodismo do brasileiro e disse que o brasileiro "não levanta o traseiro" para buscar um banco que cobre juro mais baixo.

"Quero um reparo ao destempero verbal do presidente", afirmou Virgílio.

O senador tucano afirma que ao incitar o brasileiro a se endividar ainda mais, o presidente está agindo de forma "criminosa". Virgílio afirmou que não há no Brasil bancos que ofereçam juros mais baratos.

"Nem mesmo o Banco do Brasil, tão elogiado pelo presidente. Segundo o presidente Lula, o Banco do Brasil estaria oferecendo juros de 1,75% ao mês. Eu verifiquei. Os juros cobrados são de 7,66%. Ou Lula está mal informado, ou o BB não obedece às ordens do presidente", ironizou Arthur Virgílio.

Indignado com as declarações do presidente, Arthur Virgílio afirmou que desta vez Lula "passou dos limites".

"Eu imaginei passar meus oito anos de mandato aqui no Sendo e debater sobre tudo, tudo mesmo, menos sobre o traseiro dos brasileiros e o do presidente. Nunca pensei em falar do meu traseiro ou do traseiro do presidente", afirmou.

O líder tucano recomendou a presidente da República que "sente seu traseiro no Palácio do Planalto e despache com os ministros, se intere dos problemas nacionais, das funções do seu cargo. Espero que o presidente sente o seu traseiro para trabalhar e pare de governar de pé, somente fazendo discursos."

Resposta

O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), saiu em defesa do presidente. Evitando comentar os termos usados pelo presidente, o senador foi à tribuna e disse que Lula "veio do povo".

"Veio de situações de vida das mais degradantes, do trabalho informal, da pobreza. O povo sabe que ele (o presidente) é como ele (povo). Sabe de onde ele veio. Sabe que vive como ele viveu", afirmou Mercadante.

O líder do governo afirmou que não há como a oposição criticar os juros praticados hoje no Brasil, se os juros praticados no governo Fernando Henrique Cardoso foram os mais altos que o país já viveu. "A taxa Selic chegou a 45% no governo FHC. O presidente Lula recebeu o governo com uma taxa de juros de 23%. Em dois anos conseguimos abaixar os juros, alongar a dívida externa e baixar a indexação da dívida ao dólar".

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