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Terça-feira, 10 de fevereiro de 2004 17h09
Estudo liga depressão a doença cardíaca em mulheres
da Agência Lusa

A depressão nas mulheres acima de 50 anos está fortemente ligada ao risco de doenças cardíacas, indicam resultados de um estudo que envolveu mais de 90 mil mulheres.

Estudos anteriores mostravam que tanto homens como mulheres deprimidos corriam um risco maior de contrair doenças cardíacas. Além disso, um estudo recente e menor só detectara nos homens ligação entre depressão e doenças cardíacas.

O novo estudo, um dos mais vastos dedicados a esta questão, descobriu que as mulheres pós-menopausa com depressão --mas sem outras doenças-- correm um risco 50% mais alto de morrer de doença cardíaca do que as mulheres não deprimidas.

"O mais surpreendente nas nossas conclusões é que a depressão é um fator de risco independente, particularmente nas mulheres que nunca tiveram doenças cardio-vasculares", afirmou a investigadora Sykvia Wassertheil-Smoller, professora de medicina no Albert Einstein College of Medicine, em Nova York (EUA).

O estudo foi publicado na edição desta semana da revista norte-americana "Archives of Internal Medicine".

Os investigadores examinaram dados de 93.676 mulheres com idades superiores a 50 anos que participaram de um estudo governamental sobre a saúde da mulher e foram acompanhadas durante uma média de quatro anos.

Cerca de 16% delas apresentavam fortes sintomas de depressão, mas nenhuma tinha qualquer doença mental grave e debilitante. Cerca de 8% tomavam medicação antidepressiva.

Durante o período de acompanhamento, foram registradas 159 mortes relacionadas com o coração entre 20.130 mulheres deprimidas (0,8%). Isso comparado com 372 mortes relacionadas com o coração entre 71.546 mulheres não deprimidas (0,5%).

Smoller disse não ser claro como é que a depressão causa doença cardíaca, mas estudos anteriores mostraram que hormônios relacionados ao estresse ativados na depressão podem comprimir os vasos sanguíneos e provocar bloqueios nas artérias.

Alguns estudos também mostram que a depressão e o sedentarismo associados aumentam os níveis de proteínas inflamatórias no sangue, o que também pode aumentar o risco de doença cardíaca, segundo Albert Chan, cardiologista da Ochsner Clinic Foundation de Nova Orleans (EUA).

Chan afirmou que o estudo contém as indicações mais fortes até agora recolhidas sobre a existência de uma ligação entre depressão e riscos cardíacos nas mulheres. No entanto, afirmou que isso não prova que a depressão cause futuros problemas cardíacos, e que poderão existir fatores não identificados que expliquem a associação.

"Neste momento ainda não temos uma explicação biológica", disse Chan.

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