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Sexta-feira, 15 de outubro de 2004 10h59
Teste de vacina contra malária tem resultado "promissor" na África
da France Presse, em Paris (França)

Um protótipo de uma vacina contra a forma mais grave de malária apresentou resultados "promissores" durante uma experiência feita com crianças em Moçambique, segundo estudo que será publicado na edição de sábado da revista britânica "Lancet".

A malária mata mais de um milhão de pessoas a cada ano no mundo, 90% delas na África. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), esta é a principal causa de morte entre crianças menores de cinco anos no continente.

"Nossos resultados demonstram que o desenvolvimento de uma vacina eficaz contra a malária é viável", disseram Pedro Alonso e outros cientistas que participaram do teste organizado pela GSK Biologicals, unidade do grupo farmacêutico britânico GlaxoSmithKline, e pelo Centro de Pesquisas em Saúde do Distrito de Manhica, em Maputo, sul de Moçambique.

O caminho continua sendo "longo e caótico" antes de se chegar, talvez em 2010, à comercialização de uma vacina "segura, eficaz e utilizável em grande escala" contra a malária, advertiram os especialistas franceses Philippe Van de Perre e Jean-Pierre Dedet (Universidade de Montpellier), que destacaram "os resultados promissores" num artigo publicado na revista britânica.

Segura e bem tolerada

Já testada em adultos de Gâmbia, a eficácia da vacina-protótipo RTS,S/AS02A, que ataca o parasita Plasmodium falciparum antes de se multiplicar no fígado e infectar os glóbulos vermelhos, foi alvo de um novo teste em cerca de 2.000 crianças com idades entre um e quatro anos, em Moçambique, entre abril de 2003 e maio de 2004.

Segundo os autores do teste, a vacina se revelou "segura e bem tolerada", além de capaz de provocar uma reação imunológica.

Durante este teste, as crianças foram divididas em dois grupos equivalentes. Um recebeu três doses da vacina-protótipo e o outro, vacinas contra outras doenças (grupo de controle). Tanto os pacientes quanto os médicos não sabiam quem recebeu a vacina testada.

O acompanhamento completo de um primeiro contingente de 1.490 crianças durante seis meses mostrou uma eficácia de cerca de 30% para a vacina-protótipo. Algo mais inesperado, segundo os especialistas, foi que a freqüência das graves crises de malária caiu 58% e até mais entre os menores de dois anos.

Ao fim de seis meses de acompanhamento, a taxa de infecção continuava pequena entre as crianças vacinadas contra a malária (12%), em relação às do grupo de controle (19%). Bastante elevado, depois das três injeções, o número de anticorpos dirigidos contra o parasita tinha caído 75% seis meses depois, mas continuava havendo uma proteção.

Em outro teste feito com 400 crianças, a taxa de eficácia da vacina para impedir a primeira infecção foi estimada em 45%.

De 30 vacinas-protótipo contra a malária testadas atualmente em humanos, duas estão mais adiantadas do que as outras, entre elas a da GSK Biologicals.

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