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Quinta-feira, 21 de outubro de 2004 16h14
ESA procura voluntárias para ficar dois meses na horizontal
da Agência Lusa, em Toulouse (França)

A ESA, a agência espacial européia, procura mulheres não-francesas que tenham nacionalidade européia para participar de um estudo sobre imponderabilidade que exigirá permanecer dois meses na cama.

No início de agosto, a ESA já tinha lançado um apelo para encontrar 24 voluntárias para o estudo dos efeitos da ausência prolongada de gravidade na mulher, que deverá começar no dia 22 de fevereiro de 2005 em um hospital de Toulouse, na França.

"Mais de 700 mulheres responderam nas primeiras dez semanas que se seguiram", mas a maioria era francesa --lamentou hoje a ESA, em comunicado. Por isso a agência espacial decidiu "renovar hoje o seu apelo, por querer dar a todas as européias a mesma possibilidade de participar".

Dois meses deitadas

As voluntárias --com idades entre 25 e 40 anos, não fumantes e com nacionalidade da União Européia, Suíça ou Noruega-- terão de permanecer deitadas durante dois meses com a cabeça inclinada seis graus para baixo, de modo a simular os efeitos fisiológicos sentidos pelos astronautas durante uma estada prolongada no espaço.

O estudo, feito em colaboração com a Nasa, a agência espacial do Canadá e o Centro Nacional Francês de Estudos Espaciais, quer investigar em que medida a alimentação e o exercício físico permitem compensar os efeitos negativos da imponderabilidade na mulher.

Até hoje, a maior parte dos estudos em terra sobre os efeitos da exposição prolongada à ausência de gravidade foi realizada com homens. Como poucas mulheres participaram até agora em vôos espaciais, mal se conhecem as conseqüências do fenômeno nas astronautas, segundo a ESA.

Análises médicas

As 24 voluntárias estarão divididas em três grupos: um que não receberá estímulos externo durante os 60 dias de cama, outro que realizará um programa de exercícios físicos sem sair da cama e um terceiro que receberá complementos nutricionais.

As participantes serão submetidas a uma série de análises médicas nos 21 dias anteriores e nos 20 seguintes ao estudo, para recolher dados comparativos sobre a função muscular, os parâmetros sangüíneos, o sistema cardiovascular, o sistema imunológico, a formação óssea e o bem-estar psicológico.

Além de recolher informação sobre os efeitos da imponderabilidade nas astronautas, com vista a futuras missões de exploração da ESA, o estudo permitirá conhecer melhor as conseqüências da imobilização prolongada de doentes hospitalizados em terra e elaborar medidas para compensar a falta de atividade física.

Pela sua colaboração no estudo, cada participante receberá um total de € 15.200, valor que será pago durante quatro anos.

Detalhes sobre as condições exigidas às voluntárias estão disponíveis para consulta em www.medes.fr/ltbrw (em francês).

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a ESA, a agência espacial européia


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