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Quinta-feira, 28 de outubro de 2004 16h12
Extração dentária compromete a memória, diz estudo
da France Presse, em Estocolmo (Suécia)

Toda vez que um dentista extrai um dente, ele pode estar "arrancando" também parte da memória do paciente, revelou um estudo sueco que será apresentado em Estocolmo nesta sexta-feira.

"Os dentes parecem ter uma importância enorme para a nossa memória", afirma Jan Bergdahl, dentista, professor associado da faculdade de psicologia da Universidade de Umeaa, no norte da Suécia, e um dos autores do estudo.

Parte de uma pesquisa mais ampla sobre a memória chamada Betulastudien, o estudo acompanhou 1.962 pessoas com idades entre 35 e 90 anos desde 1988, comparando a memória daqueles que tinham todos dentes e a dos que os extraíram e passaram a usar dentaduras.

"As pessoas que não tinham dentes tiveram sua memória claramente afetada em comparação com aqueles que tinham", disse Bergdahl.

Recentes estudos realizados com ratos no Japão também evidenciaram relação entre os dentes e a memória. Mas, de acordo com Bergdahl, este é o primeiro estudo em larga escala em humanos que claramente estabelece uma relação entre os dois pontos.

A pesquisa sueca ainda precisa revelar o impacto da extração de um único dente na memória humana. Segundo Bergdahl, os pesquisadores planejam descobrir quantos dentes uma pessoa precisa perder antes que afete sua memória. "Nós também vamos investigar como a decadência do dente afeta a perda da memória e que influência têm os implantes dentários", disse o pesquisador.

Ele insistiu, no entanto, que não espera que estudos futuros revelem que os implantes melhoram a memória.

"Eu não acho que seja provável. Testes em animais mostraram que a extração de dentes rompe nervos conectados ao cérebro", disse Bergdahl, afirmando que o estudo sueco poderá mudar dramaticamente o cuidado futuro com os dentes dos idosos.

"Devemos pensar duas vezes antes de arrancar dentes que apresentam problemas", afirmou.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a memória humana


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