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Sexta-feira, 03 de dezembro de 2004 15h44
Cientistas criam robô que examina pacientes à distância
da France Presse, em Tours (França)

Depois de sete anos tropeçando para conseguir verbas, um grupo de cientistas da França criou um robô capaz de examinar pacientes a distância, o que deve impulsionar a telemedicina e já interessa agências espaciais pela possibilidade de avaliar a saúde de astronautas em órbita.

Batizado de Teriss (Estação Espacial de Telecografia Robotizada Internacional, na sigla em inglês), este robô realiza exames ecográficos a distância, "servindo para validar depois diagnósticos a bordo da ISS [Estação Espacial Internacional]", explica o professor Philippe Arbeille, diretor da unidade de Medicina e Fisiologia Espacial da Universidade François Rabelais de Tours, na França.

Um protótipo já foi testado durante meses entre o Hospital Trousseau, em Tours, e o de Loches, que distam 35 km um do outro. O equipamento é composto de um bloco motor, ligado por cabos a uma câmera-sonda. Um médico manipula a sonda a distância, com a ajuda de um controle, a partir de um "posto especializado". Os dois postos, ligados via satélite, são equipados de telas, uma para acompanhar o exame e outra para videoconferência.

Dois testes, um entre Chipre e Tours (que distam 5.000 km entre si), e outro entre Ceuta e Tours (separadas por 2.500 km), também foram realizados com o robô. "Nós testamos com mais de 250 pacientes", conta o professor.

"A Nasa (agência espacial norte-americana) e a ESA (agência espacial européia) disseram precisar de telemedicina em sua estação espacial e dentro do projeto de uma viagem do homem para Marte. Nosso projeto foi escolhido em detrimento de um canadense", informou o médico.

Mas um equipamento de telemedicina também tem utilidade em terra. "O aparelho evita a transferência de pacientes, permite enviar os exames a distância e detectar patologias que precisam ser tratadas rapidamente", explica Arbeille.

"Em 1997, quando tivemos a idéia deste projeto, para facilitar os exames de pacientes distantes dos grandes centros hospitalares, ninguém queria financiá-lo", disse. "O CNES (Centro Nacional de Estudos Espaciais) nos disse não três vezes. Então, com nossos próprios recursos, com os fundos do laboratório, nós decidimos criar o protótipo. Depois, conseguimos ajuda da União Européia", conta o professor.

"Em seguida, procuramos uma empresa com interesse em fabricar este tipo de robô e achamos na internet", acrescentou.

O robô, cujo custo é de cerca de € 50 mil, está em vias de comercialização por uma empresa francesa.

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