Voltar | Ajuda
     
     Em tempo real  
 Destaques
 Economia
 Educação
 Esportes
 Geral
 Mundo
 Política
 Ciência e Saúde
 Tecnologia e Internet
 Variedades


  VilaBOL
VilaBOL

 
Notícias >
 
Envie esta páginaEnvie esta página

Quinta-feira, 10 de março de 2005 18h10
Hora de exercícios não altera benefícios de atividade física em asmáticos
da Folha Online

O horário dos exercícios não altera os benefícios da atividade física em portadores de asma. Essa é a conclusão da fisioterapeuta Cristiane Soncino Silva, que pesquisou crianças de 8 a 11 anos, submetidas a um programa de exercícios em grupos separados por horários. O estudo mostrou que os asmáticos tiveram a mesma melhora na condição física, apesar das variações no ritmo respiratório ao longo do dia.

Cristiane conta que parte das crianças treinou às 9h da manhã e outro grupo às 14h30, duas vezes por semana. O programa incluía exercícios de solo para fortalecimento muscular, postura, respiração, corridas e caminhadas, além de iniciação à natação. "O treinamento durou quatro meses", diz a fisioterapeuta. "O aumento da força nos músculos abdominais e a redução da freqüência cardíaca em repouso foram os mesmos em ambos os horários."

Ela explica que os portadores de asma apresentam uma variação circadiana da função pulmonar, ou seja, que sofre alterações durante o dia. "Os piores valores dos volumes dos pulmões são observados por volta de 4 horas da manhã e os melhores às 16 horas", relata. "Entretanto, durante a tarde o Broncoespasmo Induzido pelo Exercício, conhecido como BIE, é mais intenso, podendo levar a crises de falta de ar."

A pesquisadora diz que novos estudos serão realizados para identificar o efeito dos exercícios na função pulmonar dos asmáticos. "Com o tempo, os exercícios podem reduzir os sintomas da asma e a medicação, além de aumentar a auto-estima e a sociabilidade das crianças", afirma.

Enquanto realizavam o programa de exercícios, as crianças asmáticas foram tratadas com medicamentos para prevenir a ocorrência de broncoespasmos, detectado em 76,8% dos alunos antes dos treinos. "Elas recebiam anti-inflamatório (corticoesteróide inalatório) e, se preciso, broncodilatadores", diz Cristiane Soncino.

Os resultados da pesquisa estão na tese de doutorado apresentada pela fisioterapeuta na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. As crianças foram selecionadas para o estudo a partir de 3300 questionários aplicados em 13 escolas públicas de Ribeirão Preto. Foram identificados 606 possíveis asmáticos, dos quais 142 fizeram exames de função pulmonar. Entre as crianças examinadas, 122 passaram por consultas médicas e 69 foram escolhidas para o estudo.

Com Agência USP

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a asma


    Envie esta páginaEnvie esta página

  • Notícias >