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Sexta-feira, 08 de abril de 2005 11h19
Grupo desenvolve aparelho portátil de ressonância magnética
RICARDO BONALUME NETO
da Folha de S.Paulo

Hoje você é quem vai ao aparelho de ressonância magnética. Em um futuro breve, ele é que irá até você. Pesquisadores na Alemanha e nos Estados Unidos criaram um miniaparelho chamado de "mouse de ressonância magnética nuclear", com aplicações não só na medicina mas também em campos tão diferentes como arqueologia, prospecção de petróleo ou restauro do patrimônio histórico.

Diferentemente dos aparelhos normais de ressonância magnética nuclear, que precisam de uma sala para ser instalados, o mouse-RMN tem o tamanho aproximado de um mouse de computador.

O imageamento por ressonância magnética nuclear é uma ferramenta de diagnóstico muito usada na medicina, assim como a espectroscopia de RMN é usada para verificar a composição química de amostras.

A técnica consegue revelar a estrutura molecular graças à interação dos seus átomos em um campo magnético quando são aplicadas várias freqüências de radiação no núcleo atômico.

Mas, para conseguir um bom resultado, o aparelho precisa de um campo magnético muito uniforme, e só em aparelhos de grande dimensão isso era possível.

O princípio por trás do mouse-RMN está em usar um sinal de rádio para reproduzir e cancelar as irregularidades no campo magnético. Além disso, o campo magnético é aplicado apenas sobre um lado da amostra, em vez de envolvê-la totalmente.

Petróleo à vista

A construção do mouse-RMN, com ênfase na espectroscopia da análise química, está relatada em artigo na edição de hoje da revista científica "Science" por Bernhard Blümich, do Instituto para Química Técnica e Química Macromolecular, de Aachen, Alemanha, e mais seis colegas.

"Esse tipo de trabalho pode ser usado para a análise da composição química do petróleo em rocha porosa de perfurações e para monitorar a mudança na composição química das instalações industriais do futuro, quando as substâncias serão produzidas por síntese automática", afirmou Blümich à Folha.

Pequenos sensores de ressonância magnética já foram usados em poços de petróleo até profundidades de 10 km, disse.

Outro artigo, sobre as aplicações do equipamento, foi editado na revista "Spectroscopy" .

"Esses aparelhos estão disponíveis para teste de materiais e análise de patrimônio histórico, como materiais de construção, pinturas, papel, madeira", diz ele. A técnica tem a grande vantagem de não ser invasiva, isto é, não afeta a amostra sendo analisada.

"O interesse corrente é a pele: estudos com cosméticos, alergias, enxertos, cicatrização", diz o pesquisador alemão.

"A ressonância nuclear magnética é provavelmente o mais importante método para análise estrutural em química analítica e biologia molecular", escreveram Blümich e mais cinco colegas no artigo na "Spectroscopy".

Especial
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