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Segunda-feira, 02 de maio de 2005 14h51
Sonda Deep Impact já vê alvo de trombada espacial
SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo

É uma caçada implacável. No final da semana passada, finalmente a sonda Deep Impact conseguiu visualizar seu alvo. Ela está a caminho do cometa Tempel 1.

Quando chegar lá, a idéia é que ela se choque com ele a 37 mil quilômetros por hora e abra um buraco do tamanho de um estádio de futebol em sua superfície. A colisão espetacular já tem data para acontecer: 4 de julho deste ano.

Nasa
A imagem inaugural (na foto) marcou o início de uma nova fase no projeto concebido pela Nasa, a agência espacial americana.

A partir de agora, a Deep Impact estará fazendo imagens diárias do cometa --um astro com diâmetro de 6,5 quilômetros que orbita ao redor do Sol entre Marte e Júpiter.

Quando está mais perto da estrela, o astro se posiciona a 225 milhões de quilômetros dela. Ele leva cinco anos e meio para completar uma volta.

Tiro curto

Diferentemente da maioria das missões enviadas ao espaço, a Deep Impact não terá vários anos de duração. A sonda foi lançada em janeiro deste ano e atingirá o clímax em julho. É quando o módulo de impacto se desprenderá da nave principal e partirá na direção do cometa. Quando o choque acontecer, a sonda estará observando tudo bem de perto.

O objetivo, claro, não é meramente promover vandalismo espacial. O esforço dos cientistas é tentar observar o que há no interior de um cometa.

Astros desse tipo, feitos basicamente de "gelo sujo" (água congelada e rochas), despertam tanta curiosidade porque os cientistas acreditam que eles sejam relíquias originárias da época em que o Sistema Solar e seus planetas estavam em fase de construção.

Aprender mais sobre esse tijolo primordial pode ajudar os astrônomos a entender como se formaram os planetas por aqui e como o processo ocorre ao redor de outras estrelas.

O tema é tão interessante que uma missão só não basta. Além da Deep Impact, pelo menos outras duas sondas darão o que falar na corrida pelos cometas.

A mais notável delas é a Rosetta, da Agência Espacial Européia (ESA), que deve promover um pouso suave num astro desse tipo. Mas o encontro só deve acontecer na próxima década.

Outro destaque é a Stardust, da Nasa, que recentemente coletou poeira da cauda do cometa Wild 2 e agora está a caminho da Terra para que as amostras sejam analisadas.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a Deep Impact


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