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Quarta-feira, 01 de junho de 2005 13h23
Bebê com "síndrome da sereia" passa por cirurgia em Lima
da EFE

A menina Milagros Cerrón Arauco, portadora da chamada "síndrome da sereia", sofreu uma cirurgia de alto risco para separar suas pernas nesta quarta-feira, em um hospital público de Lima (Peru). A operação durou mais de quatro horas.

Uma equipe integrada por 11 médicos --entre eles cardiologistas, cirurgiões plásticos, traumatologistas, pediatras e urologistas-- conseguiu separar as pernas da paciente, de 13 meses, desde os calcanhares até a virilha.

Os especialistas superaram suas expectativas, porque acreditavam que só poderiam separar as extremidades inferiores até a altura do joelho.

O cirurgião-chefe Luis Rubio disse que o controle das artérias que uniam as pernas direita e esquerda gerou as condições para que isso acontecesse. "É um milagre e é um esforço de cada um dos especialistas. Mostramos que, no Peru, podem ser feitas operações de alto risco", acrescentou.

Os pais do bebê, Ricardo Cerrón e Sara Arauco, acompanharam a cirurgia por uma televisão, assim como os meios de comunicação locais e estrangeiros.

Os cirurgiões separaram primeiro a pele e a gordura das extremidades para identificar se a artéria da perna direita comprometia a esquerda. Ao constatar o não comprometimento, retiraram um dispositivo expansor, colocado há dois meses em seus calcanhares para esticar a pele, o que facilitou a separação.

A região dos calcanhares até a virilha precisou de uma meticulosa intervenção, que durou cerca de duas horas. Após aplicar uma especial sutura de seda, os cirurgiões engessaram as extremidades da paciente.

Nos próximos 15 dias, os especialistas devem retirar o gesso e começar um tratamento muscular intensivo para conseguir a flexão dos joelhos de Milagros de modo independente.

A equipe médica dirigida pelo cirurgião plástico Luis Rubio espera que nos próximos dois anos a menina comece a caminhar. No entanto, ela pode ficar sob cuidados médicos até os 13 anos, pois deve reconstruir seus aparelhos urinário, digestivo e genital.

Luis Rubio disse que, durante sua gestação, o bebê esteve em contato com inseticidas utilizados na região andina de Huancayo, local de origem dos pais da criança.

O médico comentou que "a pobreza e a desnutrição alteram, de geração em geração, os genes", em sua tentativa de dar uma resposta a esse mal que afeta um em cada 70 mil nascidos com alguma deformação genética.

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