| Domingo, 08 de janeiro de 2006 17h00 Inventor do LSD completa cem anos e recebe homenagem da Efe, em Genebra
O químico suíço Albert Hofmann, inventor da droga conhecida como LSD (sigla para dietilamida do ácido lisérgico, em inglês), completará cem anos na próxima quarta-feira. Ele será homenageado em um simpósio internacional que discutirá os efeitos do uso dessa substância.
O evento, que reunirá 80 especialistas do mundo todo, vai acontecer na cidade suíça de Basiléia.
O LSD é uma droga com efeitos alucinógenos e foi a mais consumida dentro do movimento hippie nos anos 60. Depois disso, acabou sendo proibida e perdeu popularidade até os anos 90, quando voltou timidamente à tona entre os fãs de música eletrônica.
Hofmann, que nasceu em 1906 na cidade de Baden, descobriu a substância em 1943, quando trabalhava nos laboratórios Sandoz, atualmente parte do grupo farmacêutico Novartis.
Em declarações à imprensa de seu país, o químico confessou não estar surpreso pelo fato de ter entrado para a história apenas por causa do LSD, apesar de ter feito outras descobertas.
"Trata-se de um produto muito especial que atua na consciência, que é, afinal de contas, o que nos distingue dos animais", afirmou o químico, acrescentando que sob os efeitos do LSD, "vemos, ouvimos e sentimos de forma diferente e intensa, mesmo com uma dose ínfima".
Em 1943, quando realizava experiências para desenvolver um estimulante circulatório e respiratório, Hofmann descobriu o LSD de forma acidental e foi cobaia de sua própria descoberta.
Entre 1947 e 1966, a Sandoz manufaturou o LSD em cápsulas e ampolas para utilização médica em tratamentos psiquiátricos e neurológicos, mas adquiriu uma má reputação por abusos em seu consumo --o que resultou no fim da produção.
Atualmente, Hoffman reconhece que não se trata da "droga do prazer", e adverte que seu consumo pode ser "extremamente perigoso". Especial Leia o que já foi publicado sobre LSD
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