| Terça-feira, 21 de março de 2006 12h34 Estudo relaciona substâncias de alimentos com câncer da Efe, em Londres A presença nos alimentos de certas substâncias químicas que até agora eram consideradas inofensivas poderia provocar câncer, segundo um estudo publicado na revista "Journal of Nutritional and Enviromental Medicine".
Os cientistas da Universidade de Liverpool (noroeste da Inglaterra), autores da pesquisa encomendada pela organização beneficente "Cancer Research UK" disseram que o grupo de maior risco são os bebês e as crianças pequenas.
Segundo o estudo, ingerir, mesmo a baixos níveis, certas substâncias químicas procedentes dos pesticidas e de plásticos poderiam afetar o desenvolvimento do feto e aumentar a probabilidade de que o bebê desenvolva câncer um dia.
Os analistas também explicam que as organoclorinas, substâncias químicas contidas nos pesticidas e em alguns plásticos e que se acumulam no leite materno, podem aumentar o risco nos bebês.
Os analistas destacam a existência de um vínculo entre os baixos níveis de substâncias poluentes e o câncer, e recomendam aos pais que recorram a dietas orgânicas.
Para Vyvyan Howard, que participou da pesquisa, até agora as medidas preventivas se concentravam em educar sobre os riscos do fumo, melhora da dieta e promoção da atividade física.
"No entanto, deveríamos nos concentrar agora em reduzir a exposição a essas substâncias químicas", explica.
O documento afirma que alguns pesticidas e plásticos, aos quais as pessoas estão expostas através da comida, do ar e da água, podem influir no surgimento de doenças relacionadas aos hormônios, como o câncer de mama, de próstata ou de testículos.
Especial Leia o que já foi publicado sobre câncer
|