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Quarta-feira, 01 de novembro de 2006 19h54
Relatório acusa conservadores e Igreja de piorar saúde sexual
da Efe, em Londres

Grupos religiosos ultraconservadores e forças políticas direitistas, nos Estados Unidos, estão solapando os esforços para melhorar a saúde sexual e reprodutiva no mundo todo, segundo um relatório publicado na internet edição da revista médica "The Lancet" (www.thelancet.com).

Especialistas, que averiguaram os principais problemas relacionados com doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), com o controle de natalidade e com abortos, acusam estes "cruzados moralistas" de impedir seus esforços, assinala a publicação britânica.

"A realidade é que os EUA têm uma enorme influência no mundo todo, em tudo o que fazem, com um enorme impacto", afirma a professora Anna Glasier, da Universidade de Edimburgo, co-autora do relatório.

"O problema não é o crescimento das forças conservadoras em todo o mundo, mas que os países mais conservadores sejam, precisamente, os de maior influência", explica Glasier, que também acusa o Vaticano de impedir que se avance mais nesta área.

Estatísticas

Segundo o relatório, a cada ano, 340 milhões de pessoas são infectadas por gonorréia, sífilis, clamídia, tricômona e outras doenças de transmissão sexual.

Mais de 120 milhões de casais têm relações sexuais sem proteção contra sua vontade, e cerca de 19 milhões de mulheres se submetem a abortos em condições perigosas --provocando 70 mil mortes. Segundo a pesquisa britânica, com medidas econômicas, mas eficazes, seria possível superar todos estes problemas.

Na apresentação do relatório, o diretor da "The Lancet", o médico Richard Horton, afirma que "sexo, aborto, controle da natalidade e infecções sexualmente transmissíveis --incluindo a Aids-- são um tema tabu para muitos países, culturas e religiões".

"Por motivos políticos, os EUA bloquearam programas que protegeriam as mulheres de gravidez indesejada", assinala. "Por questões doutrinais, a Igreja Católica rejeitou técnicas simples e eficazes, que teriam um impacto substancial não só nos índices de fertilidade, mas também nos de desenvolvimento humano", acrescenta Horton.

Especial
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